"O bem-viver e o desenvolvimento sustentável dependem de uma série
de atitudes e premissas. Em primeiro lugar, que o reconhecimento de que há
simultaneamente uma crise ambiental e crise social", declarou Flávio Dino,
participante do encontro.
Governadores
de 30 estados de oito países da região amazônica participaram nesta
segunda-feira (28) de uma reunião na Academia de Ciências do Vaticano, para
apresentar diretrizes que garantam a aplicação das resoluções do Sínodo da
Amazônia, encerrado no domingo com uma missa do Papa Francisco.
Segundo o Vaticano, o objetivo da cúpula, promovida pela
Pontifícia Academia das Ciências, pelo Consórcio de Governadores da Amazônia
Brasileira e pela Rede de Soluções para o Desenvolvimento
Sustentável da Amazônia, foi o de examinar a mensagem do Papa Francisco no
Sínodo da Amazônia e os resultados da cúpula. O encontro também teve como meta
dar aos governadores a oportunidade de apresentar compromissos com o
desenvolvimento sustentável na região.
“O bem-viver e o desenvolvimento
sustentável dependem de uma série de atitudes e premissas. Em primeiro lugar, que
o reconhecimento de que há simultaneamente uma crise ambiental e crise social.
Em segundo lugar, que o cumprimento de compromissos internacionais não
representam um quebra de soberania. E, finalmente, a necessidade dos países
mais ricos assumirem responsabilidades diferenciadas […] que eles assumam
encargos proporcionais aos danos que eles já provocaram”, declarou o governador
do Maranhão, após o encontro, afirmando que é importante
garantir o cumprimento das propostas do Sínodo.
Documento
No sábado (26), foi divulgado um documento de 33 páginas,
com propostas como a ordenação de homens casados para atuar na Amazônia, a
criação do “pecado ecológico”, o respeito à religiosidade não cristã indígena e
o estabelecimento de um “observatório pastoral socioambiental”. Além disso, o
documento mirou no modelo de desenvolvimento da região, destacando a presença
de extrativismo ilegal e desmatamento e a adoção de projetos econômicos que
prejudicam o meio ambiente, com respaldo de governos.
Já no domingo,
Francisco realizou uma missa em que criticou a política predatória com relação ao meio ambiente e relembrou o passado perverso da Igreja
Católica com relação aos indígenas e ao processo de colonização do Brasil.
"Quantas vezes quem está à frente, como o fariseu relativamente ao publicano,
levanta muros para aumentar as distâncias, tornando os outros ainda mais
descartados. Ou então, considerando-os atrasados e de pouco valor, despreza as
suas tradições, cancela suas histórias, ocupa os seus territórios e usurpa os
seus bens", disse o Papa.
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