O
primeiro grande evento será a Cúpula para Ação Climática, convocada pelo
secretário-geral da ONU, Antonio Guterres(2017/2022). Ela será realizada provavelmente no Reino
Unido, que será realizada no final de 2020.
O governo britânico acredita poder usar a
oportunidade da COP26,
em um eventual mundo pós-Brexit (após a saída do Reino Unido da União
Europeia), para mostrar que a Grã-Bretanha tem força para construir a vontade
política para os avanços necessários, da mesma forma que os franceses usaram
sua força diplomática para fazer o acordo de Paris acontecer.
"Se obtivermos sucesso em nossa oferta
(para sediar
a COP26), garantiremos a construção do acordo de Paris e refletiremos as
evidências científicas de que precisamos ir mais longe e mais rápido",
disse recentemente o ministro do Meio Ambiente do Reino Unido, Michael Gove -
em sua provável última fala no cargo (ele terá outro cargo no gabinete do novo
premiê, Boris Johnson, que assumiu 24/jul, na quarta-feira).
"E precisamos da COP26 para garantir que
outros
países levem a sério suas obrigações e isso significa liderar pelo exemplo.
Juntos, devemos tomar todas as medidas necessárias para restringir o
aquecimento global a pelo menos 1,5ºC."
A percepção do príncipe Charles de que os
próximos 18
meses são críticos é compartilhada por alguns representantes de países nas
negociações sobre clima.
"Nosso grupo de pequenos estados
insulares em desenvolvimento compartilha do sentimento do príncipe Charles da
profunda urgência por uma ação climática ambiciosa", disse a embaixadora
Janine Felson, de Belize, estrategista-chefe do grupo da Aliança dos Pequenos
Estados Insulares da ONU.
"De uma só vez, somos testemunhas de uma
convergência coletiva da mobilização pública. Os impactos climáticos estão
piorando e há fortes alertas científicos que dão pedem uma liderança climática
decisiva".
"Sem dúvida, 2020 é um prazo importante
para que a liderança finalmente se manifeste."
Razões
para ser pessimista
A provável COP no Reino Unido em 2020 também poderia ser o momento em que os EUA finalmente deixariam o acordo de Paris, conforme Donald Trump anunciou em 2017.
A provável COP no Reino Unido em 2020 também poderia ser o momento em que os EUA finalmente deixariam o acordo de Paris, conforme Donald Trump anunciou em 2017.
Mas se Trump não vencer nas eleições
americanas do próximo ano, a posição do país pode mudar. Um presidente
democrata, por exemplo, provavelmente reverteria a decisão.
Qualquer
passo pode ter enormes consequências para a luta pelo clima.
Neste momento, vários países parecem
dispostos a desacelerar as mudanças propostas. Em dezembro passado, os EUA, a
Arábia Saudita, o Kuwait e a Rússia bloquearam um relatório especial do IPCC
que estabelecia a necessidade de se manter o teto dos 1,5ºC de aumento.
Algumas semanas atrás, em Bonn, na Alemanha,
novas objeções da Arábia Saudita impediram que o tema entrasse em negociações
da ONU.
Haverá pressão significativa sobre o país
anfitrião do COP26 em 2010 para que este garanta um progresso substancial. Mas,
se houver um tumulto político em torno do Brexit (a saída do Reino Unido da
União Europeia), o governo britânico pode não ter cacife necessário para lidar
com os múltiplos desafios globais que a mudança climática apresenta.
"Se não pudermos usar esse momento para
acelerar nossas ambições, não teremos chance de chegar a um limite de 1,5 ou
2ºC (de aumento da temperatura)", disse o professor Michael Jacobs, da
Universidade de Sheffield, ex-assessor para Clima do ex-primeiro-ministro do
Reino Unido Gordon Brown.
E isso não é tudo sobre as mudanças climáticas
Embora as decisões tomadas sobre a mudança climática no próximo ano sejam críticas, há uma série de outras reuniões importantes sobre o meio ambiente que moldarão as ações para preservação de espécies e a proteção dos oceanos nas próximas décadas.
Embora as decisões tomadas sobre a mudança climática no próximo ano sejam críticas, há uma série de outras reuniões importantes sobre o meio ambiente que moldarão as ações para preservação de espécies e a proteção dos oceanos nas próximas décadas.
No início deste ano, um grande estudo sobre
as perdas de espécies na natureza e resultados mais amplos do impacto humano
causou uma grande agitação entre governos.
O relatório da Plataforma Intergovernamental
sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos mostrou que até um milhão de
espécies poderiam ser perdidas nas próximas décadas.
Por causa disso, os governos se reunirão na
China no próximo ano para tentar chegar a um acordo que proteja animais de
todos os tipos.
A Convenção sobre Diversidade Biológica é o
órgão da ONU encarregado de elaborar um plano para proteger a natureza até
2030.
A reunião do próximo ano poderia levar a uma
espécie de "acordo de Paris" para o mundo natural. Se houver acordo,
é provável que haja ênfase na agricultura e pesca sustentáveis. Ele deverá
pedir maior proteção às espécies e impor limites ao desmatamento.
No próximo ano, a Convenção das Nações Unidas
sobre as Leis do Mar também se reunirá para negociar um novo tratado global
sobre os oceanos.
Se tudo isso acontecer, o mundo pode ter uma
chance de preservar o meio ambiente.
Pacto Global para mudança climaticas 2020.
https://www.ukcop26.org/
Pacto Global para mudança climaticas 2020.
https://www.ukcop26.org/
A 26a
sessão da Conferência das Partes (COP 26) na UNFCCC deve ocorrer de 9 a 19 de
novembro de 2020, em Glasgow, Escócia, Reino Unido.
datas:
9 a 20 de novembro de 2020
local:
Glasgow, Escócia, Reino Unido
contato:
e-mail
do Secretariado da UNFCCC : secretariat@unfccc.int
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