domingo, 28 de julho de 2019

Papa Francisco revela a novidade da oração cristã do Pai-Nosso


O Papa Francisco explicou neste domingo, 28 de julho, qual é a novidade da oração cristã do Pai-Nosso.

Durante a oração do Ângelus deste domingo, o Santo Padre refletiu sobre a narração bíblica do Evangelho de São Lucas, na qual são descritas as circunstâncias nas quais Jesus ensinou a oração do Pai-Nosso.

“Os discípulos já sabiam rezar, recitando as fórmulas da tradição judaica da época, mas também desejam poder viver a mesma ‘qualidade’ da oração de Jesus”, explicou o Papa.

Neste sentido, o Pontífice destacou que a narração do Evangelho deste domingo, o qual se encontra no capítulo 11 de São Lucas, relata como os discípulos “podem constatar que a oração é uma dimensão essencial na vida de seu Mestre. Na verdade, cada sua ação importante é caracterizada por prolongados momentos de oração”, afirmou.

Além disso, o Papa Francisco assinalou que os discípulos de Cristo “ficam fascinados, porque veem que Ele não reza como os outros mestres daquele tempo, mas que sua oração é uma ligação íntima com o Pai, tanto que desejam ser partícipes desses momentos de união com Deus, para saborear plenamente sua doçura”.

Assim, o Santo Padre recordou que a Bíblia descreve um dia em que os discípulos “esperam Jesus concluir a oração, em um lugar afastado, e depois lhe pedem: ‘Senhor, ensina-nos a rezar’”. Em resposta, “Jesus não dá uma definição abstrata da oração, nem ensina uma técnica eficaz para rezar e ‘obter’ alguma coisa”.
Fonte:  Acidigital, Vatican news.

Assassinato de liderança Wajãpi expõe acirramento da violência na floresta Amazonica


Cacique foi morto no Amapá na última quarta por garimpeiros, que depois invadiram aldeia, denunciam indígenas. Funai confirma morte e polícia está no local apurando circunstâncias.

Indígenas da etnia Wajãpi denunciaram neste sábado que um grupo de garimpeiros assassinou o cacique Emyra Wajãpi, de 68 anos, na última quarta-feira. A morte foi o início de um ataque à aldeia Mariry, que se concretizou depois entre sexta e sábado com a invasão de 50 garimpeiros no local, localizado no oeste do Amapá. A explicação foi dada ao EL PAÍS por Marina Amapari, ativista da causa indígena que está no município de Pedra Branca, onde fica o território Wajãpi. A Fundação Nacional do Índio (FUNAI) confirmou a morte e também está no local junto com as polícias Federal e Militar para "garantir a integridade dos indígenas e apuração dos fatos", afirmou em nota. O Ministério Público Federal (MPF) também está apurando a morte do cacique e as denúncias da invasão.
  
Segundo relatos, o cacique Emyra Wajãpi foi esfaqueado no meio da mata no momento em que se deslocava até sua aldeia, depois de ter ido visitar a filha. Seu corpo foi jogado no rio e encontrado por sua esposa. "Nós não queremos mais a morte das nossas lideranças indígenas. Estamos pedindo socorro para as autoridades competentes do Estado do Amapá", disse um morador da comunidade em vídeo recebido pelo EL PAÍS. Os indígenas relatam que garimpeiros estão invadindo aldeias durante a noite e agredindo mulheres crianças. Também estão realizando disparos com armas de fogo para intimidar as comunidades locais.
 
Um documento interno da FUNAI obtido pelo jornal Folha de S. Paulo aponta que cerca de 15 invasores portando armas de grosso calibre tomaram uma aldeia e têm feito incursões para intimidar os índios da região, de acordo com os relatos dos moradores do Terra Wajãpi. "Podemos concluir que a presença de invasores é real e que o clima de tensão e exaltação na região é alto", afirma o organismo, vinculado ao Ministério da Justiça. O documento afirma ainda que os invasores estão dormindo na aldeia Aramirã e forçaram os indígenas que ali moram a se concentrar na vizinha Marity, a 40 minutos caminhando, segundo o jornal. O órgão indigenista explica que não esteve no local do crime por causa da dificuldade de acessá-lo — é preciso se deslocar de carro, de barco e a pé —, mas orientou os indígenas a não se aproximarem dos homens armados, ainda segundo a Folha. Também recomendou que a presidência da FUNAI busque o apoio da Polícia Federal e do Exército.

quarta-feira, 24 de julho de 2019

Por uma nova economia: as palavras do Papa na Bolívia em 2015


“A Economia de Francisco” será um grande evento em março de 2020, que se inspira no Santo de Assis, para procurar novas propostas de organização económica. Para ajudar à reflexão recordamos aqui as palavras do Papa Francisco na Bolívia em 2015, num encontro com os Movimentos Populares. Uma densa e forte intervenção do Santo Padre.

Em março de 2020 o Papa Francisco vai juntar em Assis estudantes e empresários de todo o mundo para procurarem em conjunto novas propostas de organização económica.
A Economia de Francisco”, é um evento que o Santo Padre há muito deseja e que, como o disse numa carta aos jovens, ajudará a procurar uma “economia diferente” que “faz viver e não mata” e “cuida a criação e não a despreza”.

Nessa mensagem aos jovens, o Santo Padre explica que Assis é o lugar apropriado para inspirar uma nova economia, pois foi ali que Francisco despojou-se de toda a mundanidade para escolher a Deus como bússola da sua vida, tornando-se pobre com os pobres e irmão de todos.

Uma das intervenções mais densas do Papa Francisco sobre a temática económica ocorreu em julho de 2015 durante a viagem papal à Bolívia durante o II Encontro Mundial dos Movimentos Populares. Três palavras foram o tema desse encontro: teto, terra e trabalho.

Recordamos aqui as palavras do Papa Francisco nessa ocasião, na reportagem da Rádio Vaticano.

Reconhecer para mudar
Foi através de um longo, mas claro discurso, sempre muito aplaudido, que o Papa Francisco convocou os membros dos movimentos populares para o reconhecimento da necessidade de mudança mas também para a ação concreta e decidida para aquilo a que o Santo Padre chamou de “processo de mudança”.
“Reconhecemos nós que as coisas não andam bem num mundo onde há tantos camponeses sem terra, tantas famílias sem tecto, tantos trabalhadores sem direitos, tantas pessoas feridas na sua dignidade?”

“Reconhecemos nós que as coisas não andam bem, quando explodem tantas guerras sem sentido e a violência fratricida se apodera até dos nossos bairros? Reconhecemos nós que as coisas não andam bem, quando o solo, a água, o ar e todos os seres da criação estão sob ameaça constante?”
“Então digamo-lo sem medo: Precisamos e queremos uma mudança.”

Um processo de mudança
O Papa Francisco afirmou neste ponto do seu discurso que “a globalização da esperança, que nasce dos povos e cresce entre os pobres, deve substituir esta globalização da exclusão e da indiferença.”
No seu discurso o Papa recolhe as suas profundas preocupações para com o recolhedor de papel, o catador de lixo, o artesão, o vendedor ambulante, o trabalhador irregular, a camponesa, o indígena, o pescador, o discriminado e o marginalizado.

Afirmando que os mais humildes e explorados podem fazer muito pelos grandes processos de mudança nacionais, regionais e mundiais, o Santo Padre, declarou-os como protagonistas e semeadores de mudança:
“Vós sois semeadores de mudança. Aqui, na Bolívia, ouvi uma frase de que gosto muito: «processo de mudança». A mudança concebida, não como algo que um dia chegará porque se impôs esta ou aquela opção política ou porque se estabeleceu esta ou aquela estrutura social. Sabemos, amargamente, que uma mudança de estruturas, que não seja acompanhada por uma conversão sincera das atitudes e do coração, acaba a longo ou curto prazo por burocratizar-se, corromper-se e sucumbir. Por isso gosto tanto da imagem do processo, onde a paixão por semear, por regar serenamente o que outros verão florescer, substitui a ansiedade de ocupar todos os espaços de poder disponíveis e de ver resultados imediatos. Cada um de nós é apenas uma parte de um todo complexo e diversificado interagindo no tempo: povos que lutam por uma afirmação, por um destino, por viver com dignidade, por «viver bem». “

Economia ao serviço dos povos
O Papa Francisco apontou algumas tarefas para a mudança: a primeira é pôr a economia ao serviço dos povos.  “A economia não deveria ser um mecanismo de acumulação, mas a condigna administração da casa comum” – evidenciou o Santo Padre que lembrou as necessidades de educação, de saúde, de cultura, de desporto e recreação. Afirmou mesmo que esta economia ao serviço dos povos não é uma utopia ou uma fantasia, mas é desejável e necessária. “Conheci de perto várias experiências, onde os trabalhadores, unidos em cooperativas e outras formas de organização comunitária, conseguiram criar trabalho onde só havia sobras da economia idólatra. As empresas recuperadas, as feiras francas e as cooperativas de catadores de papelão são exemplos desta economia popular” – afirmou o Papa.

Unir os povos no caminho da paz e da justiça
O Papa destacou que os povos do mundo querem ser artífices de seu próprio destino e nenhum poder constituído tem o direito de privar os países pobres do pleno exercício da sua soberania e quando o fazem, "vemos novas formas de colonialismo" que afetam as possibilidades de paz e de justiça. Em particular, o Papa referiu-se ao colonialismo ideológico.
Perdão pelos pecados da Igreja na colonização
Neste ponto do seu discurso, o Papa Francisco referiu-se aos “muitos graves pecados contra os povos nativos da América, cometidos em nome de Deus”. Ao mesmo tempo, o Santo Padre recordou tantos bispos, sacerdotes e leigos que pregaram e pregam a boa nova de Jesus e que “muitas vezes” colocaram-se “ao lado dos povos indígenas”, mesmo até ao martírio.

Defender a Mãe Terra
A cobardia em defender a casa comum, que está sendo saqueada, devastada e vexada impunemente é um pecado grave, disse o Papa, que lamentou a falta de resultados nos sucessivos encontros internacionais sobre o tema. "Não se pode permitir que certos interesses - que são globais, mas não universais", se imponham, submetendo Estados e organismos internacionais e continuem a destruir a criação”.

No final do seu discurso e em conclusão das ideias apresentadas, o Papa Francisco reafirmou que o futuro da humanidade está nas mãos dos povos:
“O futuro da humanidade não está unicamente nas mãos dos grandes dirigentes, das grandes potências e das elites. Está fundamentalmente nas mãos dos povos; na sua capacidade de se organizarem e também nas suas mãos que regem, com humildade e convicção, este processo de mudança.”

O Encontro de Assis para o qual o Papa convocou estudantes e empresários de todo o mundo para procurarem em conjunto novas propostas de organização económica, decorrerá nos dias 26, 27 e 28 de março de 2020. O tema será “A Economia de Francisco”. Uma primeira reunião preparatória vai acontecer em Florença no próximo dia 24 de setembro.

Portugal conta com dois representantes neste processo que agora se inicia de preparação do grande evento de Assis. São eles Américo Mendes, professor associado da Católica Porto Business School e Ricardo Zózimo, professor da Nova School of Business & Economics.


Abertas as inscrições para o encontro de três dias desejado pelo Papa Francisco, que pretende reunir em Assis, de 26 a 28 de março de 2020, jovens economistas, empreendedores, protagonistas de mudanças, provenientes de diversas partes do mundo.



O convite para participar do encontro “TheEconomy of Francesco. Os jovens, um pacto, o futuro” vem diretamente do Santo Padre, e é dirigido a jovens de até 35 anos.

As inscrições poderão ser feitas diretamente no site  https://francescoeconomy.org/.

Especialistas e jovens unidos por uma economia diferente
O evento The Economy of Francesco consistirá de laboratórios, eventos artísticos e plenárias com renomados economistas, especialistas em desenvolvimento sustentável, empreendedores e empreendedoras, que hoje estão comprometidos em nível mundial com uma economia diferente. A intenção é refletir e trabalhar em conjunto com os jovens nestes três dias.
Confirmadas as presenças dos ganhadores do Prêmio Nobel Muhammad Yunus e Amarthya Sen, mas também de Bruno Frey, Tony Meloto, Carlo Petrini, Kate Raworth, Jeffrey Sachs, Vandana Shiva e Stefano Zamagni, entre outros.

Todas as informações estão disponíveis no site www.francescoeconomy.org
Assis 2020: abertas incrições para encontro "Economia de Francisco",
Papa em Assis em 2020 com jovens economistas e empreendedores,
A Economia de Francisco, PDF. 
Jovens a caminho de uma nova economia (26 de fevereiro de 2020) 
Fonte: Vatican News
Economia de Francisco adiado para novembro 02/03/2020 

ONU convoca todos os níveis de governo a combater poluição do ar e mudanças climáticas


A ONU lançou nesta semana a ‘Iniciativa Ar Limpo’, que chama governos nacionais e subnacionais a comprometer-se em alcançar uma qualidade do ar segura para os cidadãos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada ano, a poluição do ar causa 7 milhões de mortes prematuras.

O cumprimento do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas poderia salvar mais de 1 milhão de vidas por ano até 2050. No marco dos esforços para alcançar as metas do acordo, a redução da poluição do ar, por si só, geraria benefícios de saúde estimados em 54,1 trilhões de dólares.

Em preparação para a Cúpula de Ação Climática de 2019, a ONU, a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e a Coalizão Clima e Ar Limpo anunciaram na terça-feira (23) uma nova inciativa para mobilizar países a combater a poluição do ar e o aquecimento global.

Iniciativa Ar Limpo chama governos nacionais e subnacionais a comprometer-se em alcançar uma qualidade do ar que seja segura para os cidadãos. O projeto também convoca os governos a alinhar as suas políticas de mudanças climáticas e de poluição do ar até 2030.

De acordo com a OMS, a cada ano, a poluição do ar causa 7 milhões de mortes prematuras. Desses óbitos, 600 mil são de crianças. Segundo o Banco Mundial, a poluição do ar custa à economia global estimados 5,11 trilhões de dólares em perdas sociais. Nos 15 países com os maiores volumes de emissões de gases do efeito estufa, os impactos de saúde da poluição do ar são estimados a um custo de mais de 4% do Produto Interno Bruto (PIB).

O cumprimento do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas poderia salvar mais de 1 milhão de vidas por ano até 2050. No marco dos esforços para alcançar as metas do acordo, a redução da poluição do ar, por si só, geraria benefícios de saúde estimados em 54,1 trilhões de dólares — o que equivale aproximadamente ao dobro das despesas com mitigação.

Governos em todos os níveis podem aderir à Iniciativa Ar Limpo por meio do compromisso com ações específicas, como:
  • Implementar políticas de qualidade do ar e mudança climática que permitam alcançar os valores do Guia de Qualidade do Ar Ambiente da OMS;
  • Implementar políticas de mobilidade elétrica e sustentável, bem como ações com o intuito de gerar impactos decisivos nas emissões do transporte rodoviário;
  • Calcular o número de vidas que são salvas, os ganhos de saúde para as crianças e para outros grupos vulneráveis e os custos evitados para os sistemas de saúde devido à implementação dessas políticas;
  • Monitorar progressos, compartilhar experiências e as melhores práticas por meio de uma rede internacional apoiada pela Plataforma de Ação Breathelife.
O anúncio da Iniciativa Ar Limpo foi feito na terça-feira, em Nova Déli, na Índia, pelo enviado especial do secretário-geral da ONU para a Cúpula de Ação Climática, o embaixador mexicano Luis Alfonso de Alba. A divulgação do projeto aconteceu após dois dias de reuniões com representantes de governos, empresas e sociedade civil.

“A crise climática e a crise da poluição do ar são causadas pelos mesmos fatores e devem ser combatidas por ações conjuntas. Os governos, em todos os níveis, têm tanto uma necessidade urgente quanto uma oportunidade urgente, não apenas de enfrentar a crise climática, mas também de melhorar a saúde e salvar as vidas de milhões de pessoas em todo o mundo, ao mesmo tempo em que fazem progresso nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável“, afirmou Alba.

“Chamamos governos em todos os níveis a apresentar-se à altura  desse desafio e a trazer compromissos poderosos e planos concretos para a Cúpula de Ação Climática.”

Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, lembrou que “nove em cada dez pessoas globalmente respiram um ar que não é adequado ao consumo humano”.

“Precisamos concordar, sem equívocos, com a necessidade de um mundo livre da poluição do ar. Precisamos que todos os países e cidades se comprometam a cumprir os padrões da OMS de qualidade do ar”, enfatizou o dirigente.

“A Cúpula Climática do secretário-geral este ano será uma oportunidade importante para assegurar compromissos sólidos e investimentos em intervenções comprovadas para (promover) sistemas de saúde resilientes ao clima e (realizar ações também) no monitoramento e implementação de políticas sobre a qualidade do ar.”

O secretário-geral da ONU, António Guterres, convocou a Cúpula de Ação Climática para 23 de setembro, em Nova Iorque, e chamou líderes de governos, empresas e sociedade civil a trazer ações ousadas e uma ambição muito maior para os debates.

Iniciativa Ar Limpo foi desenvolvida como parte da Área de Impulsionadores Sociais e Políticos de Ação, da Cúpula de Ação Climática. Essa área é liderada pela ONU, pelos governos do Peru e Espanha, pelo Departamento das Nações Unidas de Assuntos Econômicos e Sociais e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).

O chamado para melhorar a qualidade do ar é parte de um movimento mais amplo para canalizar mecanismos sociais e políticos, a fim de melhorar a saúde das pessoas, reduzir desigualdades, promover a justiça social e maximizar as oportunidades de trabalho decente para todos, ao mesmo tempo em que se protege o clima para as gerações futuras.

Na Cúpula de Ação Climática, a coalizão para os Impulsionadores Sociais e Políticos vai se comprometer com um futuro mais saudável e mais seguro para todos e chamar governos e instituições a se comprometer com ações pela saúde.

Governos de todos os níveis interessados em aderir à Iniciativa Ar Limpo podem entrar em contato pelo e-mail spdcast@un.org.

Para solicitações de imprensa e pedidos de entrevista para a OMS, entre em contato com Pippa Haughton pelo e-mail haughtonp@who.int.

Especialistas da OMS disponíveis para entrevistas:
Maria Neira — neiram@who.int
Diarmid Campbell-Lendrum — campbelllendrumd@who.int

Para solicitações gerais de imprensa, entre em contato com:
Esra Sergi — sergie@un.org
Deb Greenspan — +1 203 824 4327

Siga @ladealba no Twitter para as últimas notícias sobre a Cúpula de Ação Climática.
Fonte: Nações Unidas

Os Dois Papas


A Netflix liberou hoje a primeira imagem oficial de Os Dois Papas. Dirigido pelo brasileiro Fernando Meirelles (Cidade de Deus), o filme foi anunciado como parte da seleção do Festival Internacional de Cinema de Toronto, mas ainda não tem data de estreia na plataforma de streaming.

A imagem mostra Anthony Hopkins (vencedor do Oscar por O Silêncio dos Inocentes) na pele do papa Bento 16, e Jonathan Pryce (Game of Thrones) como o cardeal Bergoglio, que se tornaria o seu sucessor, papa Francisco.

O roteiro de Anthony McCarten (indicado ao Oscar por A Teoria de Tudo) aborda a história real dessa transição. Frustrado com a direção da Igreja, o cardeal Bergoglio pediu permissão ao papa Bento 16 para se aposentar, em 2012.

Em vez disso, enfrentando escândalos e sua própria insegurança, o introspectivo papa chamou seu maior crítico e futuro sucessor a Roma para revelar um segredo que abalaria os alicerces da Igreja Católica.

O que se vê dentro dos muros do Vaticano, então, é a disputa entre a tradição e o progresso, a culpa e o perdão, e dois homens muito diferentes confrontando seus passados em busca de terreno comum para forjar o futuro de um bilhão de seguidores em todo o mundo.

Os Dois Papas ou The Two Popes é o próximo filme dirigido por Fernando Meirelles a partir de um roteiro de Anthony McCarten. É estrelado porJonathan Pryce e Anthony Hopkins. Ele será exibido no Toronto International Film Festival de 2019Foi conhecido durante a produção como o papa.
O 44º Festival Internacional de Cinema de Toronto está agendado para 5 a 15 de setembro de 2019, com previsão de lançamento, 20 de dezembro de 2019 na Netflix.

Fonte:  Uol, NetflixTrailer,

terça-feira, 23 de julho de 2019

Professor da USP desmente o aquecimento global. É 100% geopolítica


O climatologista Ricardo Felício afirmou, em entrevista ao Pânico nesta terça-feira (23), que o aquecimento global é uma farsa. Para o especialista, a tese tem a ver mais com política do que com meio ambiente. “O aquecimento global é 100% geopolítica”, disse.

Segundo o professor da Universidade de São Paulo (USP), o aquecimento global é um fenômeno natural que é usado por políticos para basear suas ações. “Aí vem o papel da ciência para legitimar as ações da política”, afirmou sobre os estudos que apontam o problema.

Para Felício, o planeta não está ficando mais quente por causa da ação humana. Na verdade, os cientistas só descobriram como monitorar melhor esse índice. O especialista também disse que a repercussão do tema é usada para tirar a atenção de outros problemas. “O aquecimento global serve para você mascarar os verdadeiros problemas da sociedade”, declarou, citando problemas de saneamento básico em grandes cidades como exemplo.

Ele ainda rechaçou a ideia de que há um buraco na camada de ozônio da Terra. “O planeta Terra não tem um preservativo planetário, não tem camada de ozônio. Existe a ozonosfera, uma camada da estratosfera onde a probabilidade de encontrar ozônio é muito alta”, explicou.

Ricardo Felício também negou que o desmatamento legal contribua para as mudanças climáticas. “A engenharia florestal brasileira é a melhor do mundo”, exaltou. “Madeira dá muito dinheiro.”
Fonte: Jovem Pan.

quarta-feira, 17 de julho de 2019

Vaticano quer abolir o plástico. O incentivo vem da Encíclica Laudato si


O Estado da Cidade do Vaticano avança no caminho da redução do consumo de plástico e se prepara, até o final do ano, para abolir completamente o uso de plástico. Já proibiu a venda de plástico descartável. 

Eugenio Serra - Cidade do Vaticano
Animado pelo impulso da Encíclica ‘Laudato si’ do Papa Francisco, o Vaticano avança em direção a altos percentuais de coleta seletiva de lixo.
A venda de plástico descartável já foi proibida e quando terminar o estoque, até o final do ano, estará livre do plástico. Além disso, o Vaticano alcançou um alto grau de reciclagem: 55% dos resíduos são de fato diferenciados, com o objetivo de atingir 70-75% em três anos.

Ilha ecológica para resíduos especiais
“O mundo dos resíduos é dividido em duas grandes categorias: a de lixo urbano e a de lixo especial, perigoso ou não perigoso. Em 2016, foi criada uma ilha ecológica para onde são destinados todos os resíduos especiais. Em 2018, a ilha foi reestruturada e reforçada, e agora conseguimos administrar cerca de 85 códigos Cer, que são os códigos de resíduos da União Europeia. Nestes primeiros seis meses conseguimos reduzir a proporção do não reciclável para 2%, portanto, uma taxa de seletivo de 98%”, declarou o responsável pelo Serviço de Jardinagem e Limpeza Urbana, Rafael Ignacio Tornini.

Pontos críticos
Mais difícil é a situação do não reciclável na Praça São Pedro, de competência vaticana, cheia de milhares de turistas todos os dias. “Ali, o não reciclável incide um pouco sobre todo o resto. Mas, debaixo das colunatas, colocamos recipientes específicos para o plástico e devo dizer que funciona, pois coletamos cerca de dez quilos por dia”, ressaltou.

“Fazemos adubo com a coleta do orgânico e com a poda das plantas (400 toneladas de material). Assim, trabalhamos para colocar no mercado a menor quantidade de resíduo possível. O que descartamos, tentamos reutilizá-lo no jardim, como fertilizante de boa qualidade, no Vaticano ou em Castel Gandolfo”, sublinhou Tornini.

A encíclica verde do Papa foi o incentivo
Tornini admite que foi necessário muito trabalho para mudar a “mentalidade”. “Foram dados cursos para os funcionários que gerenciam os resíduos especiais”, frisou. “O segredo foi acolher no coração a diretriz do Santo Padre na ‘Laudato si’. A Casa comum deve ser salvaguardada e nós devemos ser os primeiros a fazer isso”, concluiu.
Fonte: Vatican news