O
cardeal iniciou indicando dois objetivos da assembleia: “Por um lado, o Sínodo
constitui um verdadeiro desafio para a Igreja, pois a Amazônia é uma terra de
missão com características próprias que exigem adequadas propostas para dar uma
resposta à “necessidade de evangelizar as culturas para inculturar o Evangelho”
(EG 69). De outro, o Eixo sinodal deverá enfrentar a provocação causada pela
questão ambiental” respondendo “com uma ecologia integral”. A orientação deste
caminho sinodal – observa o cardeal Baldisseri citando o Papa – é de
“identificar novos caminhos para a evangelização daquela parte do Povo de Deus,
especialmente os indígenas, muitas vezes esquecidos e sem a perspectiva de um
futuro sereno, também por causa da crise da floresta Amazônica, pulmão de suma
importância para o nosso planeta”.
O Sínodo é universal
“Mesmo se referindo a uma área
geográfica específica” – acrescentou Baldisseri – este é “um Sínodo que
interessa a Igreja universal. Por este motivo a participação foi ampliada a
Bispos provenientes de outras Igrejas particulares e organismos eclesiais
regionais e continentais. Em outras palavras, é toda a Igreja universal que
quer dirigir o olhar à Igreja na Amazônia e assumir no coração os seus
desafios, as suas preocupações e os seus problemas, porque no fundo todos nós
devemos nos sentir parte desta aldeia global na qual vive e palpita a única
Igreja de Jesus Cristo”.
Caminho
para chegar ao Sínodo
O Sínodo conta com a participação –
recordou o cardeal – de 185 Padres sinodais, 6 Delegados Fraternos, 12 Enviados
especiais, 25 especialistas, 55 auditores e auditoras, entre os quais
especialistas e agentes pastorais provenientes de todo o território pan-amazônico:
“Entre eles, destaca-se a presença de 16 representantes de diversas etnias indígenas
e povos originários que trazem a voz, o testemunho vivo das tradições, da
cultura e da fé das suas populações”.
Baldisseri repercorreu o longo
caminho da Assembleia sinodal iniciado com a decisão do Papa, em 15 de outubro
de 2017, de convocar um Sínodo dos Bispos sobre a Amazônia e que levou à
elaboração do Instrumentum Laboris, que – disse – “Constituirá o ponto de referência e a base necessária
da reflexão e do debate sinodal e não um texto para fazer emendas. A sua função
se conclui com a elaboração do Documento final, que reunirá os resultados alcançados
por esta assembleia e por todo o processo sinodal”.
Em seguida foi ilustrada a
metodologia sinodal, com as Congregações gerais, os Círculos menores (iniciarão
em 10 de outubro), os pronunciamentos dos participantes, a troca de opiniões “no
espírito da comunhão fraterna” até a elaboração do Projeto do Documento final
que será apresentado à assembleia em 21 de outubro. No dia 26 será feita a votação
do Documento e a conclusão dos trabalhos.
Informações
para a mídia
A principal fonte de informação
para a mídia será representada pelos “Briefing” diários coordenados pelo
Prefeito do Dicastério para a Comunicação Paolo Ruffini e pelo Diretor da Sala
de Imprensa da Santa Sé Matteo Bruni. Nestes eventos haverá a participação de
alguns padres sinodais e outros participantes do Sínodo. Os Padres sinodais –
explicou Baldisseri – poderão conceder entrevistas livremente fora da Sala
sinodal assim como comunicar com a mídia a sua discrição e responsabilidade,
obviamente a título pessoal, mantendo a necessária reserva sobre nomes das
pessoas que intervêm, sobre os debates em Aula e nos Círculos menores. Além
disso foi recordado que, como nos últimos Sínodos, os pronunciamentos em Aula não
serão publicados oficialmente no Boletim da sala de Imprensa. Ao invés, os
relatórios apresentados pelos Círculos, serão publicadas pela Sala de Imprensa
da Santa Sé.
Sínodo a
impacto zero
Baldisseri revelou que foram
tomadas algumas iniciativas para a sustentabilidade ambiental: primeiramente a
nova praxe para a inscrição dos participantes por meio de um procedimento
informático, economizando papel. Também, os materiais utilizados durante os
trabalhos do Sínodo não serão de plástico, mas todos biodegradáveis. Por fim
propõe-se que seja realizado um gesto simbólico do ponto de vista ecológico
para que este sínodo seja um “Sínodo a impacto zero”.
Segundo os cálculos realizados,
pretende-se compensar as emissões de 572.809 kg de CO2 (438.373 kg para as
viagens aéreas e 134.435 kg para outras atividades) geradas pelos consumos de
energia, de água, pela montagem, pela mobilização dos participantes, pela produção
de lixo e de materiais promocionais, com a compra de títulos de florestação
para o reflorestamento de uma área de 50 hectares de floresta na bacia Amazônica.
Com relação a este projeto – concluiu Baldisseri – deseja-se a aprovação da
Assembleia.
Publicado
pelo site Vaticans News e não representam a opinião
do Site IUPAN.
Fonte: Vatican
News
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